Next Stage for Hiking Mountain...

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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

PR5 CBC - Trilho do Pisão e do Nariz do Mundo



Considerando que já vimos de outro Percurso PR 1 CBC Pedestre do Alto do Esporão, iniciamos este trilho já no início da tarde, a pequena aldeia de Moscoso estava cheia de carros para os únicos restaurantes, o famoso restaurante Nariz do Mundo, não almoçamos, pois tínhamos outros planos para lá dos pratos da casa, como a chanfana de cabra bravia e os assados na brasa. Visto que o percurso era curto e moderado com uma extensão de 5,5Km, quando digo “era” porque houve alterações na Rota inicial, mas já lá vamos.
Mochilas carregadas com os bens necessários para o almoço pela floresta, lá arrancamos pelo caminho de paralelo, nesse momento aparece uma carrinha de venda de pão, que compramos uns pães para aconchegar com o almoço.
 Os fogos não perdoaram em nada, o percurso neste lado da serra da Cabreira também é negro, lamentamos entre nós, mas não foi isso que nos desanimou, as paisagens são belíssimas com os seus relevos e socalcos que o homem tem tentado dominar as serras para agricultura e pastorícia. Caminhando pelo caminho de grandes pedras que servem de  passagem diária de rebanhos de ovelhas e manadas de bois que ficam ali dentro daqueles lameiros cercado de muros de pedra graníticas que nos separam da nossa passagem tranquila, enquanto as cabras vão pastar para as ingremes encostas para lá do Nariz do Mundo.
Paramos para almoçar na eira de um antigo palheiro, que está circundante de Lameiros de regadios que faz parte desta grande paisagem de aldeia de montanha daqui da Serra da Cabreira.
Pousamos as mochilas e toca a tirar os itens para a refeição que já tinha sido planeada entre nós, feijoada enlatada à massa noodles de legumes e pão que o Bruno comprou completou o almoço que foi tudo aquecido no camping gás que levo na mochila, foi uma hora para descansar e conversar sobre como tinha corrido o trilho da parte da manhã como as aventuras que nos espera. Refeição já aconchegada, preparo o café e chá para a Carla que nos faz arrebitar para o trilho que pensamos seguir.
Passado uma hora e meia de pausa para almoço, é de colocar as mochilas às costas e seguir a rota programada, direcção à aldeia de Formigueiro pela floresta que mais parece sobras, pois nada ficou verde após os fogos e este Outono que mais parece verão. Pelo caminho vamos ficando com enfarruscados na passagem pela vegetação queimada, neste trilho os sinais da rota foram queimados e apagados pelo fogo e nos colocou em orientação não certa para a aldeia de Formigueiro que já avistávamos ao fundo, com a orientação do GPS, traçámos azimute e fomos pelas lameiras até lá chegar, em Formigueiro já era visível as marcas da rota que seguíamos que vinha pela estrada municipal, possivelmente devíamos ter que virar e devido ao fogo seguimos em frente.
Abastecemos os cantis de água fresca que corre pela fonte, observamos o magnífico Vale da Ribeira de Cavez, enquanto a Helena nos questiona por fazer o novo percurso pedestre (PR5 CBC Trilho do Pisão e do Nariz do Mundo), aqui quase todos ponderámos não efectuar, por ser tarde e poderíamos fazê-la noutro dia com mais tempo, pois mais 11,2Km dos 2,5km da rota que estávamos a seguir que se junta nesta aldeia, visto que a PR 5 temos de passar o vale da Ribeira de Cavez e subir outra vez a serra da Cabreira para o Nariz do Mundo.
Triste por não concordarmos segue em marcha mais acelerada e vai indo a frente pelo caminho de pedras já muito antigo que nos leva aos antigos moinho de rei. Conjunto de moinhos, construídos no reinado de D. Dinis, primeiro rei que no nosso país, sobretudo no Entre-Douro-e-Minho, incentivou e desenvolveu a indústria da moagem. Até aí era quase exclusivamente realizada pelo esforço do homem ou do animal, esmagando o cereal primeiramente entre duas pedras e recorrendo depois ao pilão e ao gral.
A invenção dos moinhos de água (azenhas) abriu uma nova era na moagem, actividade antes realizada pelo moinho-a-braços. Estes moinhos comunitários pertenciam ao Rei e declarava-se que metade do seu rendimento seria para a Coroa. Mais tarde passaram a pagar ao Rei apenas um imposto simbólico.
Os moinhos de mós passaram a aparecer nos primeiros anos da Monarquia, sabendo-se que em Julho de 1157, sendo Gualdim Pais “mestre absoluto da Ordem do Templo, houve uma doação régia que a este Mestre e à sua Ordem se fez de oito moinhos na Ribeira de Alviela”.
No Arquivo da Torre do Tombo há muitos documentos sobre moinhos e o Dr. Sousa Viterbo, no Arqueólogo Português de 1896, especifica e refere vários moinhos, suas licenças e regras de funcionamento.
Moinhos de Rei, acolhe um agradável área de lazer com condições para a ocupação salutar dos tempos livres e a fruição de uma paisagem natural de grande beleza que é proporcionada a quem ali se desloca.”
(fonte CM CBC).
Aqui os incêndios queimaram tudo, só ficando as pedras das paredes dos moinhos e os maciços rochedos, que subimos para ver a panorâmica sobre o Monte Farinha da Srº da Graça, é uma paisagem de montanhas Marão, Alvão é tudo visto daqui, vamos caminhando pelo caminho e observando o Vale, e logo ficamos paralisados ao ver o Nariz do Mundo no outro lado do Vale, é uma bela paisagem verdejante pois os fogos não atacou aquele lado da serra, Helena comenta apontando para um caminho que sobe a serra para, mais uma vez comentámos que não favorável fazer esse trilho pois não é cedo, é um terreno de montanha a progressão é lenta e puxada, comento com ela, pois parece que intende e seguimos a marcha, mas ela com o seu passo segue à frente enquanto fotografamos todas aquelas paisagem para imortalizar aqueles momentos únicos, sempre a descer, o nosso olhar presos nas escarpas do Nariz do Mundo, até parece outro lugar, bruno representa-o e bem que parece o Alasca pela as gigantes árvores que tentam alcançar o pouco sol que recebem.
- ALTO! (berro)
A Rota que devíamos seguir tem mudança de direcção a meio da serra, e nós já estamos no fundo do vale junto ao poço da Ribeira de Cavez. Sentados nos rochedos a descansar, entre nós conversamos que rota a seguir. Concordamos percorrer a (PR5 CBC Trilho do Pisão e do Nariz do Mundo), programo o GPS para ver quanto tempo temos de sol, planear a chegada á aldeia de Moscoso.
Bem vai ser uma boa subida da cota dos 598m para os 923m de altura, pela encosta da serra, esta mais verde do que o outro lado do vale, seguimos o trilho bem sinalizado da PR, a paisagem do vale é linda, ao fundo o Monte Farinha de Mondim de Bastos, mais para o horizonte a tocar nos céus as serras do Marão.
Percorridos 1km a subir chega-mos a uma fonte de água, abastecemos os cantis já iam a meio, todos prontos posemos em marcha, agora o trilho é pelo estradão de terra e pedra solta recentemente feito para este percurso, temos que caminhar mais 3km até chegar ao ponto mais alto da serra, a inclinação do trilho faz que a progressão seja mais lenta. Passada mais ou menos 1:15H, chegamos ao Parque Aventura que está na cota dos 923m, aqui reforçamos com um lanche de leve e esticamos as pernas, daqui já vemos a (NO) aldeia de Moscoso que é o nosso destino, mas está no outro lado do vale, mas a (O) está o ponto mais alto da nossa caminhada, Nariz do Mundo. Fomos até lá no final do reforço, é um ponto ida e volta deste percurso que andamos perto de 260m de ida, vale apena ir pois é uns maciços graníticos que foram formados a mais de 280 milhões de anos pela colisão dos continentes.
Tiradas as fotos das paisagens já com o sol escondido pela serra, no horizonte já se nota o alaranjado do por do sol, é hora de nos por andar. Seguindo o trilho agora a descer pela rocha e pelos trilhos feitos pelas cabras que os pastores levam a pastar, de passagem acelerada pois não nos resta muito tempo de sol, passamos por gigantes árvores de Carvalho, poucas se vê nesta dimensão devido aos incêndios e ao abate… Sente-se o macio do musgo e a energia, duas pessoas não conseguem abraça-la.
Seguimos o trilho e mais a frente avistamos umas centenas de cabras a subir a encosta com os cães de guarda e o pastor que as acompanhava, ao fundo a ponte de passagem já para aldeia de Moscoso, em pouco tempo alcançamos o rebanho e os respeitáveis cães que as guardam, vem logo nos inspeccionar, com ar agressivo e ladrar ficamos indiferentes aos latidos e poucos minutos voltam para os seu lugares e continuam a subir pela encosta, enquanto nós desviamos para ver outro ponto interessante da PR5, o Poço das Relvas, o pequeno lago que era bom se o tempo convidasse, pois já estava quase no crepúsculo e as temperaturas bastantes mais frias. Voltamos ao trilho, temos que percorrer pouco menos de que 1km para chegar ao final, mas era a subir pelas lameiras típicas da aldeia, estava um belo cenário o alaranjado do céu, o verde dos campos e um espigueiro a sobressair daquela tela que a natureza pinta. Chegamos á aldeia de Moscoso, cansados da dose extra da caminhada que surpreendeu-nos pela positiva, obrigada Helena pela persistência que nos levou por estes lugares.

Moscoso 05 de Outubro de 2016

Muito obrigada Companheiros,

Fábio Pinto; Carla; Bruno Silva; Helena Rangel e Marcos.























































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